Museus e Patrimônio: um outro mundo é possível

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Portal integra história, cultura e saúde

20/08/2009
Rede Brasileira de instituições articulada pela história da saúde no Brasil

No dia 20 de agosto de 2009 acontece o pré-lançamento do portal da Rede Brasileira de História e Patrimônio Cultural da Saúde – Rede BraHPCS (link: www.redebrahpcs.saude.gov.br), que pretende mobilizar instituições de saúde, bibliotecas, museus, arquivos, centros culturais, entre outros. A iniciativa concretiza uma das metas do termo de cooperação entre os ministérios da Saúde e da Cultura, e envolve a parceria de diversas instituições públicas e privadas. O lançamento oficial está previsto para novembro, durante o III Fórum de Informação de Saúde, em Brasília.

No portal, é possível conferir, por exemplo, a Galeria dos Ministros da Saúde, que reúne, em ordem cronológica, a relação dos titulares desde a inauguração do ministério, em 1953. A previsão é que sejam acrescentadas outras personalidades que tiveram papel de destaque na saúde pública brasileira. Já a seção Circuito Cultural traz entidades ligadas à cultura e à saúde que mantêm museus, mostras e exposições abertas à visitação. Além de outros serviços, também é possível acessar fontes de informações como bases de dados e coleções de textos completos e bibliotecas virtuais em saúde, que trazem o acervo de bibliotecas físicas para o meio digital.

Rede BraHPCS
A Rede divulga a trajetória das políticas públicas, personalidades, documentos, fatos e serviços de saúde, o que permite destacar os avanços e desafios do Sistema Único de Saúde – SUS. A diretora do Departamento de Articulação e Fomento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Márcia Rollemberg, diz que a rede “é um importante instrumento de mobilização para ampliar as parcerias em torno da área da saúde, ao socializar um patrimônio que precisa ser preservado e que integra a memória nacional”, afirma. A diretora cita como exemplo dessa filosofia a mostra Memória da Loucura, do Centro Cultural da Saúde, criada em 2000, pelo Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. A exposição relata os caminhos da psiquiatria há mais de 150 anos e já circulou por mais de 14 cidades brasileiras.
A Rede BraHPCS integra a Rede Regional da Biblioteca Virtual em Saúde História e Patrimônio Cultural da Saúde – BVS HPCS (link:hpcs.bvsalud.org), que é constituída por 12 países da América Latina e Caribe, dos quais o Brasil é o primeiro a lançar seu portal nacional como um espaço para integrar, organizar e difundir importantes informações sobre história, cultura e saúde.

Para o vice-diretor do Museu de Imagens do Inconsciente, Eurípedes Júnior, o portal vai abrir um canal de comunicação com detentores de acervos ou coleções na área de saúde que possam enriquecer e desenvolver a rede. “Uma das formas mais eficientes para preservar o patrimônio é a apropriação pela sociedade. A inserção de informações na Internet vai proporcionar a interface desse conjunto cultural com a população”, sustenta.

Entre as instituições de cooperação, destacam-se: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/Ministério da Cultura), Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Academia Nacional de Medicina (ANM), Arquivo Nacional, Museu de Imagens do Inconsciente/Instituto Municipal Nise da Silveira (IMNS-RJ), Memorial Professor Juliano Moreira/ Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme/Opas).

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

GAIO DA ROSEIRA

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

UMA OUTRA CIDADE

Uma outra cidade
Autor: Iatã Cannabrava

Este projeto documental de Iatã Cannabrava começou no Capão Redondo, em São Paulo, e seguiu por favelas, morros, quebradas, villas e cerros de outras grandes cidades latino-americanas, como Lima, Caracas, La Paz, México, Buenos Aires, Montevidéu, Brasília e Belém. O resultado está em dezenas de fotos coloridas internas e externas, de detalhes e planos gerais, de pessoas, casas e carros.

Assinam os textos do livro Rubens Fernandes Junior, pesquisador e crítico de fotografia; Horacio Fernándes, historiador e curador; o escritor Férrez e o DJ Nel. Em sua apresentação, Iatã conta sobre o início do projeto, as primeiras idas à periferia, os workshops que deu em Capão Redondo, as favelas estrangeiras, os avanços e retrocessos da condição de vida nesses locais.

Uma Outra Cidade é uma co-edição da Terceiro Nome com o Museu da Casa Brasileira e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Lançamento do livro no Museu da Casa Brasileira:
terça-feira 4 de agosto, das 19 às 22 hs

Exposição das fotos no MCB: de 21 de julho a 23 de agosto de 2009

http://www.terceironome.com.br/novidades.asp?abre=s&id=66

Divulgação

Mestres e Conselheiros: Agentes do Patrimônio

CHAMADA DE TRABALHOS

Neste seminário, pretende-se discutir as experiências de municipalização na área de patrimônio cultural em curso no país. A idéia é congregar num mesmo evento os agentes que formulam e efetivam as políticas a nível municipal e os pesquisadores acadêmicos, dos diversos programas de pós-graduação em nosso país, para se realizar uma avaliação do processo de municipalização no Brasil, suas premissas, instrumentos utilizados, arranjos institucionais, resultados e possibilidades de financiamento.
Para isso, esperam-se trabalhos acadêmicos que versem sobre a questão da municipalização na área do patrimônio em nosso país, envolvendo suas dimensões teórico-conceituais e práticas e a análise dos diversos instrumentos de preservação. O temário do seminário está estruturado, assim, em torno de três grandes temas:

TEMA 1: "Gestão do patrimônio cultural"

TEMA 2: "Instrumentos e financiamento"

TEMA 3: "Patrimônio imaterial e educação patrimonial"

O Comitê Científico do Colóquio fará uma seleção de trabalhos a partir de resumos de propostas de comunicações, que deverão ser encaminhadas até o dia 15 de agosto para o e-mail: contatomestres@gmail.com.
Maiores informações:
Pelo site www.forumpatrimonio.com.br/mestres
Tel: (31) 3409-8820


Postado por Alexandre Correa
http://gpeculturais.blogspot.com/

Divulgação

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Considerações sobre o Museu da Corrupção

O Museu da Corrupção inaugurado pelo Diário do Comércio, segundo o jornalista Luiz Octavio de Lima, seria “para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder.” Fora “Pensado como um trabalho em permanente construção e dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca."

Nota-se que é um trabalho de utilização da tecnologia bastante interessante. Ao navegar pelos ambientes do Museu, passei a me perguntar por que o destaque em sua versão inaugural aos 15 episódios dos últimos anos, isto é, exatos aqueles que envolvem o governo Lula? Ora, me parece que pare se querer Museu se teria que destacar/mostrar a corrupção endêmica que por aqui graça desde os tempos do Brasil - colônia. E, dessa forma, atingindo todas as instituições do Estado brasileiro e ampliando-se até mesmo ao indivíduo. Ou quem não se lembra da famosa Lei do Gérson: gosto de levar vantagem em tudo, certo? Ou mesmo na famosa expressão: você sabe com quem está falando?

Casou-me estranheza que não se veja uma discussão sobre a questão da Ética, algo intrínseco à categoria “corrupção”, não? Estranhei também (a essa altura da minha visita virtual, nem tanto, confesso) o fato de não se mostrar o que aconteceu com a venda das nossas estatais, por exemplo, na década de 90, entre muitas outras coisas que aconteceram nesse país. E os episódios ocorridos nas décadas de 70, 80 e 90? Uma coisa, não dá para negar, nos anos 2000 o combate a corrupção no Brasil foi emblemático e transparente, o suficiente para se ter informações para servirem de peças de “acervos” ao tal Museu da Corrupção. E isso também não se mostra!

Assim, prezados amigos, cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém, eu repito aqui, porque parece que o tal Museu da Corrupção se trata tão somente de mais uma peça que tenta desmoralizar o Governo Lula (como as várias que está circulando na net) com vistas à campanha eleitoral para a presidência de república em 2010. Não fosse isso, veríamos aqui outra forma de apresentar a corrupção no Brasil, não? A começar pela própria forma que se apresenta esse museu: Corrupção como nunca se viu. Como nunca se viu?

Parece, também, que antes de exercer o nosso direito democrático de divulgar peças como essas do Museu da Corrupção, devemos abrir uma reflexão crítica do significado delas e os efeitos de sentidos que estão a buscar, principalmente , em páginas como a deste Blog Museus e Patrimônios: um outro mundo possível que carrega, por definição, a expressão de construção de outro mundo possível, como referência ao debate político que vem sendo construído e amadurecido no âmbito do Fórum Social Mundial, com o objetivo de contribuir e potencializar a expressão qualificada dos Museus e Patrimônio, pensando-os como instrumentos de transformação social. O que não é o caso do Museu da Corrupção on line do Diário do Comércio, como se pode pensar pelo que se vê.

Sei que nem todos nós estamos de acordo com o Governo Lula. E quero dizer aqui, que eu estou, com todas as críticas que tenho a ele, não somente no que toca a corrupção envolvendo pessoas ligadas ao PT e aos partidos aliados, mas, principalmente, porque poderia ser mais ousado, provendo a ruptura com o atraso, inclui-se aí reforma agrária, a demarcação das terras indígenas, a defesa dos povos da floresta, o combate aos juros extorsivos, a corrupção, claro, entre muitas outras coisas. Não o fez, e acabou algoz e vítima dela.

De qualquer forma, estou convencido que todos nós, os a favor e os contra, por um compromisso com a ética que temos, não podemos permitir que uma campanha eleitoral seja feita com base na desmoralização do Outro e sim no que propõe de melhor para a população. E cabe a todos nós a cobrança depois. Coisas do processo democrático!!!

Um fraternal abraço,
Cesar Baía

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Museu da Corrupção

A corrupção como nunca se viu
O Diário do Comércio inaugura o Museu da Corrupção on-line, para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder.

Por Luiz Octavio de Lima

No dia em que se comemoram os 509 anos do descobrimento do Brasil e em que a farra das passagens aéreas no Congresso ganha as manchetes do noticiário, o Diário do Comércio inaugura o seu Museu da Corrupção on-line, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Num primeiro momento, o site vai tratar do período entre a década de 1970 e os dias atuais. A proposta, porém, é recuar década a década, século a século, até os tempos coloniais. Afinal, não seria exagero afirmar que a corrupção nasceu quase em seguida ao descobrimento.

Em meados do século XVI, na Bahia do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, já se roubava muito, conforme atestam os relatos da época. O próprio Padre Antônio Vieira escreveu um sermão intitulado 'Sermão do Toma", no qual atacava as autoridades locais que desviavam verbas dos cofres públicos e "tomavam" propinas. No tempo de D. João VI, o tesoureiro Targini tinha fama de desonesto e de ter enriquecido no cargo. Dele disse o fundador do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa (1774-1823), que, "sem outros bens mais que o seu minguado salário, tornara-se tesoureiro-mor do Erário, fora elevado a Barão de São Lourenço, em 1811, e era agora um homem riquíssimo, enquanto o erário se achava pobre". E completou: "Se a habilidade de um indivíduo em aumentar suas riquezas fosse por si só bastante para qualificar alguém a ser administrador das finanças de um reino, sem dúvida Targini devia reputar-se um excelente financista". Temos, portanto, longa tradição neste ramo, e dedicar um "espaço cultural" ao vasto acervo existente sobre o tema é uma iniciativa que já chega com atraso.

Pensado como um trabalho em permanente construção, o Museu da Corrupção on-line, cuja pesquisa inicial é da jornalista Kássia Caldeira, dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca. A cada um será destinada uma "sala" com um relato, imagens e uma lista de reportagens que mostram a repercussão na grande imprensa.

O usuário do site do DC poderá encontrar na área a relação completa dos escândalos ocorridos desde o início da década de 1970 e de grande parte das operações realizadas pela Polícia Federal no período.

Haverá uma seção com sugestões de links sobre o tema da corrupção e outra com publicações recomendadas sobre o assunto. Nos próximos meses, serão agregadas uma "sala" de charges, uma linha do tempo ilustrada e destaque para o escândalo do momento.

O tour pelo Museu termina na lojinha da "instituição", onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.

Está em estudo a criação de um Wiki por meio do qual os leitores poderão enviar informações e contribuições. Desde já, no entanto, eles poderão comentar o conteúdo pelo endereço museu@dcomercio.com.br

http://www.dcomercio.com.br/especiais/2009/museu/projeto.htm

domingo, 24 de maio de 2009